Angola nega acusação de violações no Congo

Angola nega acusação de violações no Congo

 

O secretário de Estado das Relações Exteriores, George Chicoty, manifestou, ontem, em Nova Iorque, "grande estupefacção" face às acusações de envolvimento das Forças Armadas Angolanas (FAA) em "supostos actos de violações dos direitos humanos na República Democrática do Congo".
 
 As acusações, referiu Ceorge Chicoty, constam de "um relatório que se pretende fazer circular como documento do Alto-Comissário para os Direitos Humanos". 
Ao discursar na 65ª Assembleia-Geral das Nações Unidas, salientou que o documento "foi produzido por iniciativa de um órgão do Secretariado das Nações Unidas sem mandato específico do Secretário-Geral ou dos Estados membros". 
 
O dignitário angolano lembrou que Angola interveio na RDC com base "num mandato conferido pela SADC a pedido do Governo da República Democrática do Congo". 
 
"Esta intervenção permitiu estancar o banho de sangue, salvar a vida de milhões de pessoas e lançar as bases para as negociações que culminaram com a instauração do Governo de transição, a instalação da missão da paz das Nações Unidas e a realização, bem sucedida, das primeiras eleições democráticas" naquele país, referiu Chicoty, acrescentando que o esforço angolano, através das FAA, foi determinante para a pacificação da região dos Grandes Lagos. George Chicoty desmentiu as acusações e reafirmou a determinação de Angola e das suas Forças Armadas em actuar de forma responsável e com base nas regras e princípios do direito internacional.
 
"Angola refuta com veemência esta insinuação, considera estranha a forma como este denominado ‘mapping exercise’ foi conduzido e questiona a motivação por trás deste empreendimento", disse, sublinhando:
 
"Gostaríamos de reiterar, (…) que Angola e as Forças Armadas Angolanas continuarão a agir de forma responsável com base nas normas internacionais e no escrupuloso respeito pelos direitos humanos". 
O chefe da delegação angolana à 65ª Assembleia da ONU acrescentou que "Angola acredita na importância do multilateralismo como a melhor forma de tratamento e resolução dos desafios multifacetados com que hoje se vê confrontada a humanidade". 
 
"Angola pauta a actuação por um engajamento partilhado na procura de soluções, a todos os níveis, dos problemas que enfrentamos", afirmou Chicoty, frisando o privilégio dado pelo país à concertação no campo político-diplomático, bem como o reforço das relações com as organizações regionais e sub-regionais do sistema das Nações Unidas, como a União Africana, SADC, CEEAC, CIGL, e a Comissão do Golfo da Guiné, esta última com sede em Luanda.
 
"A nível da Comissão do Golfo da Guiné, os Estados Membros cooperam no sentido da gestão de potenciais conflitos associados às fronteiras marítimas, à gestão dos recursos marinhos comuns, bem como coordenam políticas que permitem prevenir o contrabando marítimo e a pirataria, provendo segurança a uma região que produz mais de 15 por cento do petróleo mundial", referiu o secretário de Estado, realçando a motivação de Angola para o empenho na libertação e estabilização da região austral do continente africano.
 
 
 
É com base nesta motivação que Angola e as suas Forcas Armadas participaram, com bravura, na libertação da África Austral, tendo contribuído para independência da Namíbia e para o fim do apartheid na África do Sul", referiu, sublinhando o empenho do país em contribuir para a estabilização da RDC, "onde, com outros parceiros internacionais das Nações Unidas", participa "na formação das Forças Armadas da RDC". 
 
O secretário de Estado das Relações Exteriores referiu-se às Forças Armadas Angolanas como "factor de estabilidade não só para Angola, mas também para as regiões Austral e Central de África", onde integra os mecanismos de alerta rápido da SADC e da CEEAC. 
 
"Actualmente, em estreita cooperação com outros parceiros da África Ocidental, nomeadamente a CEDEAO, estamos empenhados na busca de soluções para crise na Guiné-Bissau", lembrou.
 
 
Fonte: JA

 

Comentario

Informaçoes que so podem prejudicar ainda o Congo-Zaire!!!!!

Angolano | 02-10-2010

Hoje fala-se de viol e assassinatos no Congo-Zaire !!
Esta ONU é mesmo parcial, quando é que vai instaurar um inquérito pelos massacres de KIFANGONDO ? Também morreram là pessoas.
Nao estou a favor de que aconteceu no Congo-Zaire, mas é tempo também da ONU ser justa para com todas as naçoes. Hà viols em todas as guerras,e isto nao é contolàvel e os chefes as vezes nem sabem o que os seus soldados andam a fazer. Angola que retire as suas tropas do Cong-Zaire, para ver se aquele pais nao serà ocupado em 2 meses pelos rebeldes Ugandes e rwandes?

Cala Boca

Maxinde | 01-10-2010

Estas Maluco Unita de um Raio.

nao me tokem

ou me matam ou que | 01-10-2010

tanto as faas, como os anti-motins como a policia nacional sao todos um grupo de terrorristas, se fazem ao propio povo angolano(que deviam proteger e defender)as coisas que têm feito, quanto mais aos pobres congoleses???eu acredito que as faas violam sim mê!se a policia angolana mata e viola as faas ai a combater na secura la no congo é que nao vao violar?

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