Opinião: Os malabarismos investigativos de Rafael Marques - Dino Cassulo

Opinião: Os malabarismos investigativos de Rafael Marques - Dino Cassulo

 Luanda - Como disse MAIAKOVSKI quem cala consente, quem consente não tem liberdade, quem não tem liberdade não é livre, quem não é livre não tem esperança, sem esperança não adianta viver.

 
Mas eu como sou livre, tenho esperança e gosto de viver. Por este valores inalienáveis dei a minha modéstia contribuição para a independência do meu país do jugo colonial, e dei a minha modéstia mas valiosa contribuição na luta contra o tribalismo, regionalismo, racismo e outras formas de dominação que nos quiseram impor alguns angolanos havidos de poder, e como também não aceito e nunca aceitarei e me baterei contra toda forma de usurpação dos bens e erários de todos nós. 
 
Vamos aqui tentar analisar e dar aqui neste espaço a nossa modesta opinião sobre o famoso relatório apresentado ao público pelo renomado jornalista de investigação Rafael Marques. 
 
Não é que tenhamos qualquer dúvida sobre o trabalhão aqui supostamente elaborado pelo ilustre jornalista de investigação, é que o relatório esta tão bem elaborado, que suscita alguma confusão a qualquer individuo que se julga honesto. Se não vejamos, quando alguém vai ao notário ou a conservatória para constituir empresa ou registar seja lá o que for, julgamos estar num local onde a preservação da nossa entidade esta acautelada por lei, e só ao agente da lei esta autorizada a revelação do conteúdo da minha ida a aquele local. Sendo assim como foi possível ao jornalista em causa ter aqueles dados. A quem diz que usou de meios baixos para obter tais informações de carácter reservado. O que quer dizer usou da corrupção para obtenção de dados. Corrompeu funcionários dos serviços notarias para atingir os seus intentos o que punível por lei, não assim. 
 
Não sabemos quem esta por de traz de tamanha cabala se esse o termo correcto para ser aplicado aqui. Mas uma coisa é certa todos nós conhecemos a aversão do autor do relatório ao partido no puder e aos seu dirigentes, sabemos que o homem é capaz de mover mares e continentes para afastar o governo e quem esta a governar actualmente do governo. 
 
Para se fazer qualquer tipo de investigação requer do autor horas a fio de trabalho e de estudos e que muitas das vezes para uma pequena coisa levamos anos de trabalho, sob pena de cairmos em erros que podem deturpar o rumo dos acontecimentos.
 
Em Angola, mormente em Luanda e principalmente, os intelectuais, jornalistas de todas as latitudes, deputados, políticos todos tiveram conhecimento do aludido relatório e tiveram a oportunidade de o ler, e o comentaram de certeza. Mas não ouvi e tão pouco vi na televisão e nos jornais alguma picuinha ou mesmo debate sobre o assunto, o bloguísta Nelo de Carvalho, escreveu alguma coisa sobre o assunto e nada mais[Rafael Marques: e a Sua Missão Impossível; As Denuncias de Rafael Marques].
 
Mas como pretendemos ser um país de verdade onde o cidadão deve ser respeitado como tal onde as denuncia devem ser investigadas por quem o deve fazer, onde o ministério publico deve funcionar de facto, onde as instituições devem funcionar como um relógio Suíço.
 
Julgo que ninguém esta vendo, ou quer saber da gravidade das acusações constantes do relatório do investigador Rafael Marques. Mas também será que o Rafael Marques ao realizar tal trabalho jogou limpo? Segundo a constituição nacional angolana “toda a colaboração com serviços de inteligência estrangeira constituí crime contra a segurança do estado” será que não houve estrangeirismo na feitura do referido relatório? Por que a precisão dos dados e a forma e onde ele foi apresentado deixa muito a duvidar, e quais as estações internacionais que fizeram eco do assunto tudo isso coloca muitas reticências sobre o mesmo trabalho.
 
Sendo assim julgamos que o ministério publico nacional deveria, em primeiro plano averiguar a veracidade e quem esteve por detrás da feitoria do referido relatório para se limar as arestas, para também demonstrar a sua isenção nos vários casos que se tem verificado na nossa sociedade onde por vezes deixa muitas duvidas a sua actuação.
 
E depois de se averiguar a veracidade dos factos, aí sim os implicados nele, devem ser ouvido também por este ministério e serem responsabilizados pelos seus actos que sem sombra de dúvida constituem crime e de que dimensão. (Aqui faz-me lembrar que nos anos oitenta o famoso General Ndozi, terra que lhe seja leve, e outros camaradas da nomenclatura, haviam sido punidos, ainda que sem julgamento, por terem sido associados ao tráfego ilícito de diamantes. E na altura ninguém reparou nos feitos heróicos e de grande combatentes dos mesmos) pensamos que esta pratica, deveria fazer moça cá entre nós. Já viu que se o governo resolve recolher todo dinheiro ilícito que se encontra em mãos duvidosas e a deriva? Não estaríamos aqui a pedir esmola. Nós somos daqueles cidadãos que aceita o crescimento da burguesia nacional, mas com rigor e sem colocar a mão no erário de todos nós. 
 
Insto aqui o Procurador-geral da República a fazer o seu trabalho e que seja neutro e pense somente no bem-estar das populações que ele quando envergou a farda nacional sob defender com esmero. Porque investigações mal intencionadas carregadas de veneno devem ser banidas para sempre que se faça trabalho limpo. Delapidação do erário deve ser sancionada, com manda a lei. As riquezas nacionais devem ser repartidas de igual para todos e não beneficiando somente alguns. 
 
 
(Militante do MPLA)

Comentario

Discordo

Chará do Dino | 01-09-2010

Caro dino.
És meu xará e nao concordo plenamente consigo.Pela proxima nao tente desviar o assunto, admita lá que o país tem sido assaltado pelos dirigentes angolanos do mpla.Um dia hao de pagar...veremos.

Mais respeito

Kapiñgala | 31-08-2010

Em África Angola é um exemplo a seguir. Muitos líderes africanos fazem tudo para adoptar o nosso modelo. O Presidente José Eduardo dos Santos recebe todos os dias enviados de Chefes de Estado estrangeiros que lhe transmitem a vontade de aprofundar relações com Angola e pedem apoio e conselhos para resolverem os seus problemas internos.
Na Europa temos o respeito dos países da União Europeia. Bruxelas faz tudo para criar relações privilegiadas com Angola. A crescente influência do nosso país na comunidade internacional levou a que o G-8, que reúne os países mais industrializados, convidasse José Eduardo dos Santos para a histórica cimeira de Áquila onde o nosso Presidente apontou claramente quais devem ser as medidas a tomar para que o mundo viva em paz e haja estabilidade política, apesar das diferenças.
Os Estados Unidos da América estreitam cada vez mais as relações com Angola e não escondem que o nosso país é o pilar que sustenta a paz e a estabilidade na região e no continente. Sem prescindirmos dos valores que sempre defendemos, estamos a criar relações justas com Washington, como o fazemos com todos os países do mundo que apostam na paz e na democracia para a felicidade dos seus povos.
A Alemanha recebeu José Eduardo dos Santos de braços abertos e desde então tem promovido investimentos fortes no nosso país. O “motor” da Europa aposta na nossa economia e quer ter um lugar de destaque no processo de reconstrução nacional. O exemplo alemão contagiou franceses, espanhóis e portugueses, que apesar da crise investem cada vez mais em Angola.
Os especialistas do FMI estiveram no nosso país e deram nota excelente ao desempenho da nossa economia, validando assim os avultados empréstimos para o desenvolvimento do processo de reconstrução nacional.
A China tem em Angola um parceiro privilegiado e também agora o Presidente Jacob Zuma, de visita oficial àquele país, disse que a África do Sul quer aprofundar as relações económicas com o gigante asiático e afirmou que o estreitamento de relações entre Pequim e África é indispensável ao progresso e à estabilidade do continente.
Países influentes, líderes respeitados, instituições que sabem avaliar o desempenho dos governos e das economias, elogiam o nosso Presidente da República, o Executivo e as principais figuras da política angolana. Aqueles que dão tudo para fazer de Angola um grande país e se esforçam quotidianamente para que os angolanos tenham melhores condições de vida, têm o respeito e a consideração da comunidade internacional, mesmo dos países com os quais no passado tivemos divergências.
Os angolanos mostraram nas eleições de Setembro que admiram os políticos que dirigem a reconstrução nacional e dão tudo para que Angola recupere o tempo perdido durante décadas de guerra. A votação foi tão expressiva que não deixa dúvidas a ninguém. E a obra feita também demonstra que os eleitores fizeram a aposta certa. Estão aí as escolas, os hospitais, as estradas, os aeroportos, as casas, os empreendimentos económicos, os empregos criados a mostrarem que os angolanos escolheram bem os seus dirigentes.
Apesar deste quadro, organizações que funcionam sob lógicas muito opacas continuam a atacar Angola de uma forma tão baixa que atinge já as raias do inadmissível. Porque atacar o Presidente da República é atacar todos os angolanos. Insultá-lo e atentar contra a sua honra, é o mesmo que insultar e desonrar todos os angolanos. O mais alto magistrado da Nação representa-nos a todos, mesmo os que são empregados da Open Society, a organização que mais se destaca na guerra contra a honra da pátria e dos seus dirigentes.
Angolanos corruptos e que se entregaram a essas organizações opacas de especuladores, que estão na base da actual crise financeira mundial, insistem no discurso da corrupção em Angola. Mas os corruptos não são os que levam água potável às aldeias mais recônditas do nosso país. Não são os que constroem casas para os jovens e apoiam os antigos militares. Não são os que levam estradas às aldeias mais isoladas. Não são os que garantem a saúde às populações que sofrem o isolamento. Muito menos são os que abrem todos os dias escolas para integrar todas as nossas crianças no sistema de ensino. Corruptos são os que fazem parte das listas de pagamento das organizações criminosas que têm como único fim obrigar Angola a ajoelhar-se perante novos donos, que já são os donos dos que continuam a desonrar figuras próximas do Presidente da República, como acontece semanalmente com o general José Maria, o general Kopelipa, o general Dino, o engenheiro Manuel Vicente e outras figuras que prestam o serviço público que deve ser respeitado, mostram que trabalham pela dignificação do país e procuram fazer o melhor para os angolanos.
Acho que é altura de dizer a essas pessoas que Angola não está à venda e os angolanos fizeram uma escolha livre nas últimas eleições. O resultado das eleições é difícil de digerir, mas basta um pouco de atenção para compreender que a votação maciça no partido cujo cabeça de lista era o Presidente José Eduardo dos Santos, para além de revelar uma preferência indiscutível, significa também o agradecimento de todo um povo aos que estão na primeira linha de defesa da soberania nacional e do bem-estar de todos os angolanos.

artigo de meia tijela.

Directo da PGR em Luanda | 30-08-2010

Caro Dino Casulo,

O sr deve estar a brincar. Só podia mesmo se tratar de um militante do MPLA. Eu também sou do MPLA(já que é a moda em Angola) mas nao sou fanatico. Sabes porque sou militante? Porque sem o cartao de militante nao teria acesso ao lugar em que trabalho hoje, nao teria acesso ao credito habitacional que tive, nao teria consseguido uma bolsa do Inabe para a minha filha, nem teria as perspectivas (poucas) que tenho dentro do lugar em que trabalho. Pergunto ao Dino: só sao angolanos os que sao do MPLA? É esta Angola que realmente queremos? Portanto pare de escrever asbeiras bajulativas. O Rafael Marques matou a cobra e mostrou o pau. Ao senhor Cabia era EXIGIR sim responssabilidades de organismos como a procuradoria Geral da Republica.
Viste o que disse o Mota Liz a dias atraz? "Nunca ouviu denuncias de corrupçao em Angola". Sao voces que andam a estragar este país. Precisamos de instituiçoes realmente independentes para analisar e julgar estes casos de corrupçao porque corroi o tecido nacional.

O JES e a sua cupla sao corruptos.
A maioria dos dirigentes do nosso MPLA sao corruptos. E a maioria do nosso povo, que ate nos vota, é que paga por isso. Por isso senhor dino vamos la ser patriotas e defender angola acima de tudo. Jose Eduardo dos Santos nao esta acima de Angola.

Viva o MPLA.

Re:artigo de meia tijela.

ZELOSO MARIA NDUKULIA | 30-08-2010

Congratulo-me com o artigo publicado e corroboro com as ideias manifestadas.
Quando ao fingido que diz ser do MPLA para obteção de beness, tu es um mentiroso pois o MPLA tem mais de 5 milhões de militantes dos quais 3 milhões são camponeses. No MPLA não existe pessoas que lá militam para se insufruir dos bens materias, pois se assim fosse todos estariamos ricos. Acredidto sim que há oportunistas como tu que vestem a camisola do MPLA para fazer confusão e logo tu como es um deles não tens nada a criticar. Tu es mesmo um burro...então se voce mesmo diz que tens cartão para obter beness...es um destes que combatemos energicamente.
Então! os campones terão que apresenatar o cartão para trabalhar no campo?! trata-se da maioria na estatística do MPLA e não funcionários públicos em que a nível nacional o governo só controla aproximadamente 600 mil. Este são dados reais do ministério das finanças e do trabalho.
Tu não tens noção do que diz.
Tu ao perguntar ao sr.Dino, se é que só são angolanos aqueles que são do MPLA como não tens noção do que se passa em angola eu quero te explicar que para além de várias acções e empenho do Governo do MPLA, o Executivo angolano está a desenvolver, na província do Kuando-Kubango, um programa de emergência para resgatar a população que vive nas matas. A estimativa aponta para mais de 60 mil pessoas dispersas nos municípios de Mavinga e Rivungo, para onde tinham sido levadas, pela força das armas, a mando de Jonas Savimbi, durante a guerra que assolou o país.
Este elementos são do MPLA?
Vai na psiquiatria...te aconselho.

ATT:

Kijiban nganga | 30-08-2010

Senhor Dino.
Os teus pontos de vista são pertinentes e relevantes, tens uma visão de análise muito profunda, crítica e reflexiva. Pois saíba que por mais bonita seja o teu ponto de vista, infelizmente, o Procurador Geral da República nada fará, porque de acordo com a Constituição da República, ele é refén do Presidente José Eduardo dos [Demónios], apenas esta ali como marionete.
A corrupção em Angola atingiu níveis impensáveis e inacreditáveis, já não se olha para as capacidades e habilidades das pessoas, a não ser a quantidade monetária que os mesmos transportam no bolso.
A corrupção é um crime que os nossos dirigente o amam de todo coração.
Ensuma: Angola é um país dirigidos por criminosos como disse uma vez um cantor inglês. Acho que esta na hora da nova geração se afirmar porque, esta geração de 1930 à 1970, estragou o país. E José Eduardo dos Demónios é apenas um Avatar dos portugueses, tenho muita pena dele porque o Meu Senhor e Meu Deus vive zangado com ele.

Re:ATT:

ZELOSO MARIA NDUKULIA | 30-08-2010

Esta é a expressão dos frustrados e desiludidos. Deveria modelar a tua linguagem pois que estes insultos não te leva ao lado algum. Pois só assim tu é que se tornou num demónio porque o teu coração andam amargurado e não tens paz consigo próprio.

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