Primeiro-ministro guineense acredita no apoio de Angola
Luanda - O primeiro-ministro da Guiné-Bissau, Carlos Gomes Júnior, afirmou hoje, em Luanda, que o exército e a polícia de Angola poderão ajudar o seu país a ultrapassar todos os problemas relacionados com a crise.
Em conferência de imprensa, à sua chegada a Luanda, para uma visita oficial de quatro dias a Angola, Carlos Gomes considerou que o facto dos dois povos terem tido uma luta comum e as suas forças armadas e polícia terem tido a mesma formação, faz destes parceiros ideais.
"A polícia e o exército angolanos são parceiros que eventualmente poderão compreender melhor a nossa situação e ajudar-nos, como fizeram em Angola, a ultrapassar todos os problemas que se prendem com uma boa integração e com todo o processo de reforma que pretendemos levar a cabo no sector da defesa e segurança".
Ao abordar sobre o estado da relação actual entre o poder político e o militar, o chefe do governo referiu que o poder militar tem que se subordinar ao poder político como reza a constituição.
"Mas isto passa evidentemente pelo diálogo, o aprofundamento do diálogo é fundamental para a estabilidade e a paz em qualquer pais", frisou.
Sobre a missão de estabilização para a Guiné-Bissau, recordou que "continua de pé, é uma preocupação do Presidente José Eduardo dos Santos e nós pensamos que na qualidade de presidente em exercício da CPLP, poderá dar um contributo fundamental para que a Guiné-Bissau encontre a paz definitiva".
Para o primeiro-ministro, o problema da Guiné-Bissau também é um problema financeiro, uma vez que se trata de um país carente, pequeno mas com muitas potencialidades.
"Mas é um país com várias perturbações cíclicas que têm atrasado o nosso arranque, que visa o desenvolvimento e naturalmente que estamos preocupados", afirmou.
Considerou que para alcançar os seus objectivos o governo precisa de paz e de condições para trabalhar e projectar o país rumo a um bom desempenho macroeconómico, a fim de que possa cumprir com as suas responsabilidades junto aos parceiros.
Fonte: Angop
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