Trabalhar a todo o terreno - Filomeno Manaças

Trabalhar a todo o terreno  - Filomeno Manaças
A maior parte dos vendedores do Roque Santeiro foi terça-feira ao mercado do Panguila para ver o seu novo local de trabalho e as bancadas onde doravante vão passar a comercializar os seus produtos. Foi um momento de entusiasmo e sobretudo de reconhecimento das novas condições postas à disposição pelo Governo.
 
Alguns dos novos utentes do Panguila reclamaram dos acessos rodoviários mas a garantia de que o Governo está a trabalhar para os melhorar está patente nas vias por onde transitaram para chegar ao novo mercado. Muitos puderam ver máquinas e empresas de construção a trabalhar para que as estradas estejam em condições de facilitar a circulação a quem queira dar um pulo ao Panguila e, além de fazer compras, poder desfrutar da paisagem exótica que o local oferece.
 
Uma pequena parte dos antigos vendedores do Roque preferiu ir para o km 30, porque considera que o Panguila fica muito a leste para as suas pretensões. O km 30 ainda não tem condições para albergar os que aí pretendem instalar-se, mas o Governo está atento a tudo e essas preocupações estão certamente na sua agenda de tarefas a resolver. Nem tudo pode ser feito de um dia para o outro e, por isso mesmo, as soluções vão ser encontradas pelas respectivas autoridades municipais em parceria com o Governo central.
 
 O Roque Santeiro oferecia emprego a milhares de pessoas e a ideia é continuar a ter essas mesmas pessoas ocupadas, a desenvolver actividade social útil e em condições dignas. Temos conhecimento de que as administrações municipais estão orientadas para dialogar com os munícipes e equacionarem os problemas que afligem as comunidades, aqueles que são comuns a todos e necessitam de soluções e que estas possam reflectir um salto qualitativo. Porque Angola tem de melhorar em todos os aspectos: no comércio, no ensino, na saúde, na hotelaria e turismo, na agricultura, nas estradas. Enfim, tem de haver qualidade na oferta de bens e serviços à população que consome esses produtos, porque agir assim também é preservar a sua saúde e evitar a propagação de várias doenças, como as que podem ser originadas por produtos em mau estado de conservação, e bem sabemos que no mercado Roque Santeiro muitos foram os clientes que compraram gato por lebre.
 
O Governo arregaçou as mangas e o lema é trabalhar no sentido de mudar para melhor. O mercado do Panguila não é e não será o único do género no país. Da mesma forma que foram erguidos vários supermercados “Nosso Super” do Programa de Reestruturação do Sistema de Logística e de Distribuição de Produtos Essenciais à População (PRESILD) e várias lojas pedagógicas “Poupa Lá”, outros mercados idênticos ao Panguila vão seguramente surgir. 
 
O Governo está atento ao potencial que o comércio informal representa em termos de negócios para a economia e em particular para dar emprego a milhares de pessoas, e por isso mesmo sabe que tem de contar com esse sector para fazer crescer o país, para movimentar mercadorias e fazê-las chegar à grande massa de consumidores que delas precisam.
 
A construção do mercado do Panguila não pode ser vista apenas como tendo como intenção única acabar com o Roque Santeiro. Oferecer melhores condições de trabalho e dignidade às pessoas foi um dos objectivos, mas o seu surgimento também se enquadra no amplo programa de requalificação urbana que o Governo está a levar a cabo. Um programa que já tocou vários pontos da cidade de Luanda e no qual estão incluídos municípios como o Cazenga, Sambizanga e Kilamba Kiaxi. 
 
Quem tem estado a acompanhar todo este movimento urbanístico de construção de novas centralidades facilmente vai se dar conta de que há um plano integrado com vista a oferecer aos luandenses uma melhor qualidade de vida. E nisso o Governo está empenhado e a trabalhar a todo o terreno. O país está a mudar e imagens como a do mercado Roque Santeiro, que na devida altura cumpriu o seu papel, vão ficar para o passado e dar lugar a projectos melhor concebidos, melhor estruturados, melhor inseridos no tecido económico e social e assim todos sairemos a ganhar. 
 
 
*Director Adjunto do Jornal de Angola
Fonte: Jornal de Angola
 
 
Leia nos links abaixo mais temas relacionados ao encerramento do mercado Roque Santeiro: 
 
 
 
 

 

Comentario

hipocresia

Esses bajulam feio! | 06-09-2010

senhores directores do jornal de angola,
os senhores devem procurar ser mais imparciais ate nas vossas analises individuais.na vossa concepcao tudo o que o governo/mpla decide ou faz é perfeito?nao tem motivos de criticas?por exemplo que tal escreveram algo sobre o grande falhanço do tolerancia zero ou da falat de casas pro povo???teriam coragem de fazer um artigo imparcial sobre isso?gostaria de saber quanto recebem para bajular tanto.

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